As aulas iniciam no dia 28 de fevereiro de 2011. Enquanto isso vamos aproveitar as merecidas FÉRIAS!!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
As aulas iniciam no dia 28 de fevereiro de 2011. Enquanto isso vamos aproveitar as merecidas FÉRIAS!!
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
"Aleluia da Ambiental" - APROVADO!!!
A partir do Semestre 2011/A SEMPRE que necessário os discentes do curso poderão preencher e encaminhar ao DAEA “Formulário Requerimento de Auxílio” e seus anexos obedecendo ao que consta no Regulamento Interno que será disponibilizado no site do DCE juntamente com o Formulário – www.univates.br/dce.
Esta é uma conquista que beneficiará a todos os alunos!!!!
Solicite o Auxílio, é um DIREITO seu!
Agradecemos a aqueles que se fizeram presentes na votação!
Desejamos a todos Ótimas Férias, um Feliz Natal e que 2011 seja repleto de alegrias e muitas conquistas!!!!
Aproveitamos para comunicar que visando a integração será realizada no início do Semestre 2011/A... a 1ª Balada Ambiental!!! Aguardem...
Att;
Diretoria DAEA - Gestão 2010/2011
daambiental.univates@gmail.com
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Palestra sobre Biônica
O DIRETÓRIO ACADÊMICO DA BIOLOGIA JUNTAMENTE COM O DIRETÓRIO ACADÊMICO DA ENGENHARIA AMBIENTAL PROMOVE PALESTRA.
Tema:
BIÔNICA
A biônica é a ciência que estuda os processos biológicos dos seres vivos (mecanismos e sínteses) a fim de aplicar estes processos na indústria.
A Biônica é, hoje em dia, matéria eminentemente interdisciplinar, utilizada principalmente na Engenharia Aeroespacial, na Medicina de próteses a transplantes, na Cibernética, na Arquitetura a no Projeto de Produto (neste caso, também conhecido como Bio design).
Palestrante:
Tatiana Miranda
Instituto de Geociências da Eberhard Karls Universität Tübingen na Alemanha.
Data: 10-12-2010
Horário: 20h 30min
Local: Auditório do prédio 11
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Se aprovado em Assembleia, Aleluia da Ambiental obedecerá ao que consta em Regulamento próprio, conforme segue abaixo:
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES
Regulamento Interno do “Aleluia da Ambiental”
O Departamento Acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental (DAEA), do Centro Universitário UNIVATES, vem por meio de este regrar e organizar a maneira como será utilizado o “Aleluia da Ambiental”.
Art. 1° - O presente Regulamento Interno foi elaborado pelo Departamento Acadêmico de Engenharia Ambiental do Centro Universitário UNIVATES - Gestão 2010/2011, objetivando normatizar os casos em que será utilizado o “Aleluia da Ambiental”.
Art. 2° - “Aleluia da Ambiental” é a Taxa de R$ 6,00 (seis reais) que será cobrada uma única vez por semestre de todos os discentes do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário UNIVATES, considerando-se discentes, os alunos devidamente matriculados, entre eles “Veteranos” e “Bixos”.
Art. 3° - A referida Taxa será incluída no Boleto da mensalidade dos meses de Fevereiro e Agosto do corrente ano letivo, depositada pelo Setor Financeiro da UNIVATES em Conta Corrente Bancária do DCE (Diretório Central dos Estudantes), pois o DAEA não possui CNPJ, consequentemente não possui Conta em Bancos.
Parágrafo único - A referida taxa foi apreciada e aprovada pelos discentes do Curso em Assembleia Geral Extraordinária ocorrida no dia 08/12/2010, conforme consta em Ata.
Art. 4° - “Aleluia da Ambiental” foi instituído tendo vista de que o Curso possui muitas Saídas a Campo com altos valores, a título do custo de transporte. Visa esta verba, portanto, prestar Auxílio nestas Saídas a Campo, bem como promover Viagens de Estudos, Pesquisas, Expedições, Palestras, entre outras, sendo que estas práticas são de extrema importância.
Art. 5° - Todos os discentes do Curso estarão submetidos a este regulamento, bem como deverão respeitar todas as regras, a fim de contribuir para uma justa utilização deste valor que só poderá ser alterado de dois em dois anos mediante apreciação e aprovação em Assembleia Geral, que deverá ser convocada obedecendo ao que consta no Estatuto do curso de Engenharia Ambiental.
Art. 6° - “Aleluia da Ambiental” será utilizado:
I) Em eventos de qualquer natureza, promovidos pelo DAEA. O valor a ser utilizado será definido em Reunião de Diretoria, ou caso seja instituída Comissão Organizadora para o evento o mesmo será definido somente entre os membros desta Comissão.
II) Para atividades em que o DAEA não estiver envolvido, o valor do Auxílio será no máximo 50% do valor total da despesa:
a) Despesas com Transporte, Hospedagem, entre outros, exceto despesas com Alimentação.
b) Em caso de atividades relativas a Disciplinas comuns a outros cursos será considerado valor total da despesa o resultado do rateio feito entre os alunos do curso de Engenharia Ambiental.
c) O Auxílio será liberado caso houver número mínimo de 10 alunos participantes da atividade.
Parágrafo único - Cada caso será apreciado separadamente, poderá haver exceção quanto ao percentual do Auxílio e finalidade da despesa, bem como número de alunos a serem beneficiados.
Art. 7° - Para solicitação de Auxílio deverá ser preenchido formulário próprio: “Formulário de Requerimento de Auxílio”, que está à disposição para Download no site do DCE: www.univates.br/dce, o mesmo poderá ser solicitado pelo e-mail: daambiental.univates@gmail.com. Deverá ser anexado a este Formulário:
I) Orçamento assinado pela Empresa que prestará o serviço, de modo a comprovar o valor total da despesa.
II) Lista de alunos que participarão da atividade a qual está sendo solicitado Auxílio, devendo constar: Nome completo sem abreviaturas e Código de aluno. Em caso de Disciplinas comuns a outros cursos deverá ainda constar o número total de alunos participantes da atividade.
§ 1º - O formulário e seu anexo deverão ser enviados para o endereço de e-mail do DA para uma prévia análise, porém as decisões serão tomadas pela Diretoria do DAEA somente quando este estiver em mãos, para isso poderá ser agendado por e-mail data e local. O mesmo deverá ser entregue impresso ao Presidente do DAEA.
§ 2º - A Diretoria do DAEA terá 07 (sete) dias úteis para apreciar a solicitação, em Reunião de Diretoria e manifestar a decisão tomada por escrito através do envio de e-mail para o aluno responsável por tal solicitação (neste caso sábado e domingo não serão considerados dias úteis).
§ 3º - O valor do Auxílio será liberado mediante apresentação de comprovante de despesa: Cupom Fiscal, Nota Fiscal – em nome do DCE, cujos dados estarão à disposição juntamente com o Formulário de Requerimento de Auxílio.
§ 4º - As decisões serão tomadas por maioria simples e a forma de votação será simbólica.
Art. 8º - Conforme Circular Nº 01/2010 do DCE/UNIVATES
“1º Todos os Diretórios Acadêmicos e Departamentos terão direito ao repasse de 20% da arrecadação de seu curso, repassado ao DCE, sendo depositado diretamente na conta bancária do Diretório Acadêmico ou Departamento, caso o DA ou Departamento não dispor de conta bancária o repasse será disponibilizado para a diretoria do DA ou Departamento mediante apresentação de Ofício emitido pela diretoria do DA ou Departamento e apresentação de Nota Fiscal que comprove a despesa...”.
Art. 9º - “Aleluia da Ambiental” será utilizado somente após “zerar” o valor do Repasse mencionado acima. Porém fica assegurado o preenchimento do Formulário de Requerimento de Auxílio bem como seus anexos e caberá a Diretoria do DAEA a responsabilidade por este controle.
Art. 10º - Os casos omissos a este Regulamento serão discutidos e resolvidos em Reunião de Diretoria.
O presente Regulamento entra em vigor a partir da data da sua aprovação em Assembléia Geral Extraordinária.
Lajeado, 08 de dezembro de 2010.
EDITAL PARA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DO DEPARTAMENTO ACADÊMICO
DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
1) Alterações Estatutárias.
2) Apreciação da cobrança de taxa intitulada “Aleluia da Ambiental”.
LAJEADO, 01 de dezembro de 2010.
Presidente do Departamento Acadêmico do curso de Engenharia Ambiental
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
A Univates deu início, nesta sexta-feira, dia 12, à construção do Prédio 17, mais um grande projeto de infraestrutura da Instituição para o câmpus de Lajeado. Máquinas começaram a trabalhar na limpeza e terraplenagem do local, situado nas proximidades do Complexo Esportivo, onde serão edificados 1.862m². O investimento de R$ 2,8 milhões beneficiará especialmente a área das engenharias, que contempla hoje sete cursos de graduação na Univates.
A previsão é que o prédio esteja concluído até o final do primeiro semestre de 2011. Segundo o coordenador do Setor de Engenharia e Manutenção da Univates, engenheiro Robledo Müller, o pavilhão abrigará 14 laboratórios, salas especiais, além de sanitários, áreas de circulação e recepção.
Entre esses espaços estão: Laboratório de Tecnologia da Construção, Betumes e Estruturas; de Marcenaria; de Mecânica, Termodinâmica e Motores; Oficina Mecânica, Usinagem Convencional e Soldagem; Laboratório de Cabeamentos e Instalações Elétricas; Design Serigrafia; Laboratório de Fluídos, Hidráulica e Pneumáticos; salas de Telecomunicações; de Metrologia; de Ensaios Mecânicos; Metalografia e Materiais; de Design; Mecânica; Produção e Usinagem CNC.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
O Diretório Acadêmico de Engenharia Ambiental informa que estão encerradas as Inscrições para a Expedição Geo-ecológica prática para a Serra Geral, que será realizada nos dias 18 e 19 de Dezembro, juntamente com o Diretório Acadêmico de Biologia.
Agradecemos a todos aqueles que demonstraram muito interesse e garantiram suas vagas com tanta brevidade!!!
Devido a grande procura aproveitamos para informar também que caso futuramente haja disponibilidade de vagas todos serão avisados.
Obrigada pela colaboração e... Ótima Expedição!!!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Decreto regulamenta Fundo Nacional do Clima
O presidente Lula assinou nesta terça-feira (26), o decreto que regulamenta o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC ou Fundo Clima), o primeiro no mundo a utilizar recursos oriundos da participação especial dos lucros da cadeia produtiva do petróleo para financiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e seus efeitos.
A partir de agora, o Comitê Gestor do Fundo – instituído pelo decreto e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, composto por representantes governamentais, comunidade científica, empresários, trabalhadores e organizações não governamentais – terá condições de administrar, acompanhar e avaliar a aplicação dos recursos em projetos, estudos e empreendimentos de mitigação e adaptação da mudança do clima e seus efeitos.
“O Ministério do Meio Ambiente está consciente do papel estratégico que esse Fundo desempenhará na promoção do modelo de desenvolvimento sustentável de baixo carbono que consolidará o Brasil numa grande potência do século 21″, enfatizou o ministro interino do Meio Ambiente José Machado durante a cerimônia.
O Fundo Clima deverá apoiar atividades voltadas para o combate à desertificação, à adaptação à mudança do clima, ações de educação e capacitação, projetos de REDD+, desenvolvimento de inclusão de tecnologias, formulação de políticas públicas, apoio a cadeias produtivas sustentáveis, pagamento por serviços ambientais, entre outras atividades.
Para 2011, o Comitê dispõe de um orçamento de R$226 milhões, sendo R$ 200 milhões reembolsáveis para empréstimos e financiamentos voltados para a área produtiva, cujo agente financeiro será o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os outros R$ 26 milhões serão administrados pelo MMA para investir em projetos de pesquisa, mobilização e avaliações de impacto das mudanças do clima, podendo ser repassados para estados e municípios por meio de convênios e termos de cooperação. Trata-se do orçamento inicial, podendo o Fundo ainda receber recursos de outras fontes, inclusive doações internacionais, que venham a ser estabelecidos no âmbito da Convenção do Clima.
“O Fundo Clima não onera a população brasileira, já que os recursos financeiros são oriundos da participação especial dos lucros da cadeia produtiva do petróleo, podendo ainda recepcionar outras fontes de recursos”, explicou José Machado.
A assinatura do decreto aconteceu durante a reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas com o Presidente da República, ocasião na qual o Governo Brasileiro, desde 2004, antecipa à sociedade seu posicionamento em relação às negociações internacionais e apresenta os seus resultados e proposições para o futuro na temática da mudança do clima.
O presidente Lula destacou que a reunião serviu para mostrar que o Brasil pode se orgulhar muito das políticas ambientais que vem adotando nos últimos anos e a agenda voltada para as mudanças climáticas sintetiza os esforços e os resultados de uma série de ações que vêm sendo conduzidas com sucesso pelo nosso Governo em parceria com vários setores da sociedade brasileira , disse Lula.
No ano passado, após a Conferência do Clima em Copenhague (COP 15), o Brasil aprovou a Política Nacional sobre a Mudança do Clima e assumiu voluntariamente o compromisso em reduzir, até 2020, as emissões projetadas de gases do efeito estufa, entre 36% e 39%. De acordo com o presidente Lula, desde que o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm) foi instituído em 2003, o Brasil evitou a emissão e 2,9 bilhões de tCO2eq (toneladas de carbono equivalente) e o País tem o menor índice de desmatamento dos últimos 21 anos.
“Se mantivermos esse ritmo, a meta anunciada na COP 15 será antecipada em quatro anos. Teremos reduzidos em 80% o desmatamento ainda em 2016 e não em 2020 como nós estávamos prevendo”, garantiu o presidente lembrando que a meta deverá ser superada mesmo o Brasil vivendo um momento de grande crescimento econômico.
“A operacionalização do Fundo Clima será mais uma grande conquista do Brasil a se juntar a tantas outras no combate às mudanças do clima, das quais a queda consistente e radical das taxas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado”, reforçou José Machado.
Fonte: Ambientebrasil.com.br
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Destruição de recursos naturais causa perdas de US$ 2,5 tri ao ano, diz estudo.
A destruição de ativos da natureza, como florestas e pântanos, causa perdas anuais de ao menos US$ 2,5 trilhões no mundo.
A cifra, que supera em quase US$ 1 trilhão o PIB do Brasil, foi citada em um projeto financiado pela Comissão Europeia e apresentado nesta quarta-feira em Nagoya, Japão, durante conferência da Unep, a agência de meio ambiente da ONU.
“The Economics of Ecosystems and Biodiversity” (Teeb) é um estudo de dois anos cujo objetivo é mostrar o valor econômico de florestas, água, solo e corais, bem como os custos ocasionados pela perda desses recursos.
O líder do projeto, Pavan Sukhdev, pediu que “o valor dos serviços da natureza se torne visível” e influencie negócios e decisões adotados pelos países.
Seu relatório afirma que os custos de proteger a biodiversidade e os ecossistemas é mais baixo do que o custo “de permitir que eles mingúem”, e artigo no site do projeto diz que “estamos vivendo do capital da Terra; precisamos aprender a viver dos juros”.
Brasil e Índia – Outra conclusão é a de que a conservação tem papel importante na redução da pobreza, pois “florestas e outros ecossistemas contribuem para a sobrevivência de lares rurais empobrecidos”.
Os líderes do projeto disseram que alguns países estão dando os primeiros passos para levar o valor da natureza em consideração ao adotar políticas públicas, e citam Brasil e Índia como exemplos.
“A abordagem do Teeb é útil para fazer com que (diferentes setores da sociedade) entendam as implicações da perda da biodiversidade e do retorno de investimentos (por conta da) conservação dessa biodiversidade”, disse à BBC News Bráulio Dias, secretário de biodiversidade e florestas do Ministério do Meio Ambiente brasileiro, presente no evento em Nagoya.
Sukhdev disse que 27 países da América Latina e da África pediram à agência ambiental da ONU ajuda para tornar suas economias mais “verdes”.
Cidades – O cálculo do valor de ecossistemas específicos foi aplicado pelo Teeb em cidades como Campala e Nova York.
Em Campala, capital de Uganda, estimativa de 1999 dava conta que o pântano Nakivubo valia entre US$ 1 milhão e US$ 1,75 milhão ao ano, por sua habilidade em purificar o esgoto da cidade.
Segundo o relatório, o cálculo fez com que fossem abandonados planos de drenar o pântano. No entanto, ao longo do tempo o Nakivubo perdeu suas capacidades, e em 2008 foi necessário um projeto para restaurar o local.
“O caso de Uganda mostra que, enquanto a valoração de serviços do ecossistema em geral fortalece argumentos para proteger o capital natural, por si só ela não previne que sejam tomadas decisões que degradem esses serviços”, diz o estudo do Teeb.
Mas essa valoração “estimulou a implementação de normas que premiam os responsáveis por proteger” o ecossistema.
Um caso citado ocorreu em Nova York, onde autoridades pagam donos de terras em uma área montanhosa perto da cidade para que estes adotem técnicas agrícolas mais avançadas.
O objetivo é impedir que nutrientes da terra sejam escoados para rios locais, o que demandaria a construção de custosas estações de tratamento de água.
O incentivo aos agricultores custa entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, enquanto o valor estimado de uma nova estação de tratamento de água é de US$ 6 bilhões a US$ 8 bilhões.
E Curitiba é citada no relatório como “exemplo” positivo de cidade que expandiu seus parques urbanos com o objetivo de prevenir inundações e oferecer espaço recreativo aos seus cidadãos. Estes contam com, “em média, 50 m² de espaço verde cada um, um dos maiores índices da América Latina”. (Fonte: G1)
terça-feira, 19 de outubro de 2010
A biodiversidade pouco conhecida do Pampa
Restrito ao estado do Rio Grande do Sul, o bioma Pampa não era reconhecido oficialmente como bioma até 2004, quando entrou para o Mapa de Biomas Brasileiros, uma parceria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Ministério do Meio Ambiente. Pastagens, campos, pecuária e agricultura são imagens comumente identificadas com o bioma Pampa. Poucos sabem, no entanto, que a área de 700 mil km2, dividida em quatro países – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai -, guarda uma grande e rica biodiversidade, com flora e fauna próprias. Estimativas indicam valores em torno de 3000 espécies vegetais, mais de 100 mamíferos e quase 500 espécies de aves.
Com uma área original no território brasileiro de 176,5 mil km2 , a vegetação nativa do Pampa vem sofrendo uma supressão sistemática e histórica pela expansão agrícola, que se iniciou nos anos 1970, estende-se até os dias de hoje e se agrava atualmente com os reflorestamentos de espécies exóticas plantadas para a fabricação de papel. Segundo dados do IBGE, de 1970 a 1996, as áreas de campos diminuíram de 14 para 10,5 milhões de hectares, uma conversão de 25%. De acordo com os dados do inédito Projeto de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite, já foi suprimida 54% da área original do Pampa. Entre os anos de 2002 e 2008, foram perdidos 364 km2 1,23% da área original do bioma.
Representando 2,07% do território nacional e cerca de 63% da área do estado gaúcho, o Pampa tem quatro paisagens predominantes, sendo o planalto da campanha o mais reconhecido: relevo suave ondulado coberto por gramíneas e usado como pastagem natural, pastagem manejada e para atividades agrícolas, principalmente o cultivo de arroz, que precisou drenar grandes áreas alagadas.
Outra atividade econômica característica do Pampa é a pecuária que, segundo o último Censo Agropecuário Brasileiro (IBGE, 2006), cobre 44% da cobertura vegetal do Rio Grande do Sul, o que equivale a 70% do total da área destinada à pecuária na região sul. São dois tipos de pastoreio: o intensivo e o extensivo. O intensivo contribui para a degradação dos campos, acelerando o processo de arenização em boa parte do estado. Já a criação de gado extensiva, atividade que acontece desde o século 17, é a própria imagem da cultura gaúcha e contribui para a manutenção e preservação da vegetação, ajudando a manter a integridade dos ecossistemas campestres, com uma linha tênue que separa o uso sustentável da degradação.
Conservação da biodiversidade – A conservação da biodiversidade contribui para a manutenção de áreas de nascentes nas regiões de campo, dos mananciais hídricos e das áreas de recarga do aquífero Guarani. A descoberta recente de novas espécies de peixes e crustáceos em corpos d’água inseridos na região dos campos do Rio Grande do Sul vem corroborar a importância da manutenção de tais áreas, uma vez que ainda há organismos desconhecidos.
Segundo dados da atualização das Áreas e Ações Prioritárias para a Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade, apenas 3,6% das áreas prioritárias estão sob algum tipo de proteção – unidades de conservação ou terras indígenas. Recentemente, MMA e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio concluíram estudos e audiências públicas para criação de três novas unidades de conservação de proteção integral nos Campos Sulinos: Parque Nacional do Campo dos Padres (SC), com cerca de 56.000 hectares, Refúgio de Vida Silvestre do Rio Tibagi (PR), com 23.100 hectares; e Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pelotas (RS/SC), com 262.000 hectares. Outras iniciativas importantes para o uso sustentável do bioma Pampa são o turismo rural, o turismo de aventura e o turismo ecológico, assim como a atividade agropecuária, indissociável da cultura local.
(Fonte: Ana Flora Caminha/ MMA)
Retirado do site: www.ambientebrasil.com.br
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
VI Semana Acadêmica das Engenharias - SAENGE
Confira a Programação:
https://www.univates.br/cetec/eng2010.pdf
INCLUA-SE!!!!!
https://www.univates.br/eventos/terça-feira, 21 de setembro de 2010
Fibra de crustáceos pode despoluir rios contaminados com metais pesados
Uma fibra retirada de crustáceos, como camarão e lagosta, pode ajudar a despoluir rios e lagos contaminados por metais pesados, de acordo com uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A fibra, chamada quitosana, é abundante na natureza e comumente usada pela indústria farmacêutica para outras finalidades.
“Ela é extraída da casca de crustáceos, como caranguejos, que são descartados pela indústria pesqueira”, disse a pesquisadora Elaine Nogueira Lopes de Lima, que apresentou o trabalho como tese de doutorado em química.
Para extrair da água metais como cobre e chumbo, que podem contaminar animais e plantas nas proximidades, a quitosana é alterada quimicamente, ficando com capacidade de “aderir” a essses elementos.
“A quitosana é usada em forma de pó. Quando jogada na água, os metais grudam nas moléculas”, disse Lima.
Em seguida, é feita uma filtragem para retirar o pó com metais pesados absorvidos.
O pó da fibra pode ser reutilizado depois de retirados os metais pesados.
Com os resultados positivos, a pesquisadora já planeja testar outras reações em misturas com quitosana, desta vez em fármacos. O objetivo é que o tratamento nos rios seja ampliado para substâncias tóxicas desta área.
(Fonte: Maurício Simionato/ Folha.com)
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Usinas eólicas devem quintuplicar a capacidade instalada até 2013
O setor, que hoje tem 744 megawatts (MW) de capacidade instalada, e ainda 1.806 MW em processo de instalação, terá mais 2.047 MW até 2013, resultado dos contratos fechados nos leilões, totalizando 4597 MW.
“Hoje está próximo a mil megawatts [de capacidade instalada]. Ano que vem, será 1.300 MW, 2012 teremos 3,1 mil MW, e em 2013 mais cinco 5 mil MW de capacidade instalada”, disse Simões.
Nos dois dias de pregão, iniciado quarta-feira (25), a energia produzida pelas usinas de bagaço de cana (biomassa) foram comercializadas, em média a R$ 144,20 o megawatt-hora (MWh), a energia eólica – a mais barata – a R$ 130,86, e a das pequenas centrais hidrelétricas (PHC) a R$ 141,93 o MWh.
Retirado do site: http://noticias.ambientebrasil.com.br
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
No último sábado, dia 21/08, aconteceu o tradicional almoço de integração do curso de Engenharia Ambiental da Univates, promovido pelo Diretório Acadêmico. O almoço contou com caradápio diferenciado, um delicioso costelão servido para um recorde de público, 95 pessoas, entre alunos, professores e acompanhantes.
Comentários, críticas, sugestões!!! Enviem e-mail: daambiental.univates@gmail.com
terça-feira, 17 de agosto de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
Segundo o dito popular em nossa vida para termos missão cumprida, temos que “Plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”. O DA contribuiu com a árvore!!! Foram entregues mudas Nativas Frutíferas doadas pela Certel. Como missão devem cultivá-las, serão divulgadas fotos das mesmas. Os Veteranos fizeram questão de adotar uma plantinha! Isso aí futuros Engenheiros Ambientais vamos fazer nossa parte!!!
Distribuimos material do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica: “O Parlamento das Águas”. Assunto que será abordado no Congresso do CETEC.
Falamos sobre o Almoço, dividimos os alunos em dois grupos, disponibilizamos material para que fizessem cartazes nos ajudando na divulgação... Depois dos cartazes prontos e todos com os rostos devidamente pintados... Foi dada a última instrução: para finalizar o Trote no intervalo teriam que vender cartões do almoço!!!
Integrantes do DA acompanharam apontando os alunos do curso... Nossos Bixos empenharam-se muito! Venderam 8 cartões.
A venda não foi o mais importantete, o que realmente fez valer a pena nossa dedicação foi a colaboração dos alunos, atingimos nosso objetivo! Divulgaram muito bem o almoço, foram participativos, deixaram pintar os rostos (alguns lavaram, mas pintamos novamente!!!).
Essa foi nossa maneira de lhes dar BOAS VINDAS!
Agradecemos aos Bixos pela colaboração, ao Professor Odorico Konrad e Coordenador Everaldo Ferreira pelo apoio!!
Att;
Diretório Acadêmico Engenharia Ambiental – Gestão 2010/2011
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Para alunos e convidados!!!! Traga o pai, a mãe, namorado(a), amigo(a), vizinho(a), a vovó... o vovô!!!! PARTICIPEM!!!!!
Local: Sede Social UNIVATES
A partir das 11 horas
11h30min Palestra com Professor /Coordenador Everaldo Rigelo Ferreira.
Assunto: CREA e RESOLUÇÃO 1010 CONFEA
12h30min almoço.
Catiusa Rejane da Rosa: catiusa.rosa@hotmail.com - 8464-0335
Danielle Lanzarin: danilanzarin@yahoo.com.br
Euzébio Schneider: euzebio@conpasul.com.br - 9689-4669
Gustavo Bartelli: bartellidh@gmail.com - 54 911-22606
Ismael Schossler: ismaelss@gmail.com - 9939-1437
Luana Battisti: luana-battisti@hotmail.com - 8140-0585
Luciano Cuozzo: luciano.cuozzo@hotmail.com - 9882-4968
Maitícia Cristina de Mello: maiticiamello@yahoo.com.br - 9611-9066
Marcelo Pozzagnolo: marcelinhop11@hotmail.com - 54 9935-7183
Paula Sabrina Mallmann: sabrinamallmann@terra.com.br - 9842-8650
Paulo Porcher: paulo.porcher@gmail.com - 54 9204-7291
Paulo Sergio da Rosa: paulovargas92@gmail.com - 9764-3347
Sidarta Veppo: sidartaveppo@hotmail.com - 9725-3829
Wagner Manica Carlesso: wagner.carlesso@yahoo.com.br - 9602-3136
Everaldo Rigelo Ferreira: ferreira@univates.br
Odorico Konrad: okonrad@univates.br
Dúvidas entrar em contato com um dos integrantes do DA ou professores.
Att;
Diretório Acadêmico Engenharia Ambiental UNIVATES.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Uma solução para aterros urbanos!!
Diante dessa realidade, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o Ministério das Cidades, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) uniram-se para buscar uma solução que atendesse às necessidades de construção de aterros sanitários de pequeno porte. Juntaram-se à iniciativa órgãos ambientais estaduais como a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), de Minas Gerais, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), do Rio Grande do Sul, a Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), da Paraíba, e o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), entre outras, além de técnicos, acadêmicos e projetistas.
O trabalho da Comissão de Estudo de Apresentação de Projetos de Aterros e Resíduos Sólidos Urbanos (CE 02:144.38), criada no âmbito do Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), resultou na publicação da norma técnica ABNT NBR 15849:2010 - Resíduos sólidos urbanos – Aterros sanitários de pequeno porte – Diretrizes para localização, projeto, implantação, operação e encerramento, que entrou em vigor no dia 14 de julho.
Para mais informações entre em contato com o Comitê responsável, pelo email _cb02@abnt.org.br_
fonte: /www.produtosperigosos.com.br
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Debate principais Candidatos ao Governo do Estado- 20/07 UNIVATES
Lajeado - O Vale do Taquari demonstrou consciência política e força de vontade para lutar pelas bandeiras regionais, ontem à noite, na Univates. A presença maciça de lideranças no encontro com os três principais candidatos ao comando no Palácio Piratini é reflexo de um processo democrático que as entidades que organizaram o evento designaram como histórico. O auditório esteve lotado. Prefeitos, dirigentes de empresas, delegados, profissionais liberais, representantes de instituições e imprensa compareceram de maneira expressiva. A presença de mulheres foi marcante. A organização do evento tratou de distribuir cópias com as questões que seriam respondidas. O interesse em ouvir o que Tarso Genro (PT), Yeda Crusius (PSDB) e José Fogaça (PMDB) tinham a dizer fez com que a plateia ficasse compenetrada por mais de três horas.
Os postulantes à vaga foram pontuais quanto ao horário. A conversa, realizada de forma alternada, começou com Genro, prosseguiu com Yeda e foi finalizada com Fogaça. Eles tiveram de resumir suas ideias em 45 minutos. Foram questionados por três moderadores, que fizeram seis perguntas, e a cada uma delas, havia um tempo de cinco minutos estipulado para a resposta. O público não pôde interrogar. Posicionou-se no cenário meramente como espectador. Os discursos foram técnicos, sem tom de comício, revelando o grau de empenho em esclarecer a população acerca dos planos de governo. Contudo, as considerações sobre o Vale do Taquari foram escassas. Os candidatos, que tiveram tempo para se preparar para o encontro, pois receberam um dossiê com as reivindicações, pouco falaram sobre as demandas regionais e preferiram estabelecer um compromisso estadual, com um discurso articulado em nome do Rio Grande do Sul.
O presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Ney Lazzari, enfatizou que, apesar disso, e de forma abrangente, sem entrar em detalhes, os candidatos mostraram conhecimento sobre a região. Para ele, o silêncio do público foi exemplar e evidenciou uma atitude de respeito. “A importância que os candidatos deram ao Vale, ao vir para cá, é a mesma que a plateia concedeu a eles com essa postura.”
O povo pergunta
As entidades regionais formularam uma bateria de questionamentos que são as bandeiras erguidas para que o Vale possa crescer e obter qualidade de vida. A curiosidade da população é a mesma das lideranças. O Informativo foi às ruas para saber as prioridades. Saúde, segurança e educação lideram o ranking de preocupação dos habitantes. As questões mencionadas serão respondidas nas páginas a seguir.
A José Fogaça
Carlos Elias Fritz, aposentado:
“A segurança pública está um fracasso no Rio Grande do Sul. O que você fará para melhorar essa área?”
A Tarso Genro
Célia Paz, professora:
“Você tem algum plano de ação para melhorar a remuneração e aumentar a qualificação dos professores?”
A Yeda Crusius
Márcia Schwartz, auxiliar administrativa:
“Há pacientes que sofreram fraturas e que esperam anos por atendimento ou cirurgia. De que forma a senhora pensa em melhorar esse aspecto da saúde no Vale?”
Dossiê
As bandeiras do Vale
No encontro com os três candidatos ao Palácio Piratini, na noite de ontem, a região pôde mostrar suas bandeiras a Tarso Genro (PT), Yeda Crusius (PSDB) e José Fogaça (PMDB). As prioridades definidas ainda em abril e elencadas por diferentes entidades e lideranças em um dossiê, sob a coordenação do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), abrangem várias áreas e visam, especialmente, melhorar a qualidade de vida e garantir o crescimento sustentável de todos os municípios da região.
No setor primário, que se caracteriza por pequenas propriedades com atividade familiar que produzem, principalmente, aves, suínos e leite, a principal bandeira do Vale é a modernização do segmento leiteiro, com a implementação do Centro Tecnológico de Alimentos da Univates (Tecnovates). Outra bandeira defendida é a duplicação da RS-130, nos trechos entre Lajeado e Venâncio Aires, e Lajeado e Encantado, e da RST-453 (Rota do Sol), entre Estrela e Teutônia. Os investimentos devem resultar no incremento dos setores secundário (micro, pequenas, médias e grandes empresas) e terciários (comércio, serviços e turismo).
O Vale do Taquari também quer ver concretizada a bandeira que prevê a duplicação da BR-386, entre Lajeado e Soledade, que está com o projeto em fase de elaboração. As obras entre Estrela e Tabaí já estão licitadas. Outra prioridade do Vale, bastante aguardada, é a concretização das ligações asfálticas para os sete municípios da região que veem seus projetos não darem certo por causa da poeira e do pó. Essa ainda é uma realidade para os moradores de Canudos do Vale, Capitão, Coqueiro Baixo, Forquetinha, Relvado, Sério e Travesseiro. A região defende ainda o saneamento básico e meio ambiente nas áreas urbana e rural.
A instalação do novo presídio regional e a construção de rede de albergues nos municípios com mais de 20 mil habitantes, com a adoção sistemática de ações preventivas à violência e de mecanismos de ressocialização dos apenados também estão na mira. Nessa área, o Vale busca ainda contar com uma sede regional do Instituto-Geral de Perícias (IGP) e suprir as deficiências (materiais e humanas) da Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil. As últimas bandeiras apresentadas buscam a cobertura integral de sinal de telefonia celular, fixa e internet, e a duplicação da subestação de energia elétrica de Lajeado.
Avaliação
Palavra dos moderadores
“Foi um exercício de democracia. O encontro deu um norte aos homens públicos sobre o que o Vale pensa e quer. Essa conversa representa uma aproximação do eleitorado com os candidatos.”
Oreno Ardêmio Heineck, presidente da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT)
“Esse encontro foi fundamental para o Vale. Mostramos aos candidatos nossos anseios para que eles possam contribuir com o desenvolvimento regional.”
Paulo Hoppe, vice-presidente regional da Federasul
“Foi um momento histórico. Estamos aprendendo a fazer política de forma profissional e de maneira unida e consistente, ao apresentar aos candidatos esse conjunto de reivindicações.”
Paulo Kohlrausch, presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat)
As seis perguntas
As demandas do Vale do Taquari pautaram os questionamentos feitos para os três candidatos a governador do Estado. Cada um respondeu às mesmas seis indagações. O jornal O Informativo optou por não as repetir em cada uma das três páginas destinadas aos candidatos. Por isso, cada resposta nas próximas páginas terá o número correspondente à pergunta a seguir apresentada.
1 - Saneamento básico e meio ambiente
Ao tratar desse tema, levamos em conta as áreas urbana e rural. No interior, a dificuldade é a quantidade de dejetos despejados no meio ambiente e em recursos hídricos. Na cidade, o esgoto sanitário e o lixo sem separação contribuem para o cenário. De que maneira Vossa Excelência pretende tratar essa questão? Há projetos de apoio aos municípios com menos de 70 mil habitantes, inclusive financeiro, para implementação de saneamento básico?
2 - Segurança pública
Mesmo reconhecendo os esforços dos governos estaduais que reduziram substancialmente defasagens que havia nessa área, relativamente ao Vale do Taquari as demandas são instalação de novo presídio regional; construção de rede de albergues; sede regional do Instituto-Geral de Perícias (IGP); suprimento de deficiências da Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil; e adoção de mecanismos de ressocialização dos apenados. Vossa Excelência poderia discorrer sobre esses temas? Quais as possibilidades de atendimento das demandas apresentadas?
3 - Educação
A região recebe milhares de migrantes/ano com baixa qualificação. Se não empregada, parte dessas pessoas tende à marginalidade. Ao mesmo tempo, nosso grau de industrialização e o setor de comércio e serviços carecem de mão de obra. Sente-se a falta da participação mais efetiva da rede pública estadual e de uma política de capacitação.
Como Vossa Excelência pretende tratar a qualificação profissional e cidadã, incorporando a rede estadual nesse mister e criando uma política que organize a questão no RS? Há como separar, nas corporações representativas educacionais, inclusive classistas, a influência política do interesse técnico?
4 - Saúde
O Vale do Taquari possui 21 hospitais, e o número de leitos caiu 17% nos últimos sete anos. Diariamente, os municípios enviam pacientes para os grandes centros. Como vê a possibilidade da regionalização da saúde, com a promoção de programas que visem o atendimento da saúde integral, atuando nas mais diversas complexidades? Sabendo-se que nem todas as medidas se situam na esfera do Estado, qual sua linha de interação pretendida nessa área, com a União e os municípios, inclusive com apoio financeiro para os últimos?
5 - Gestão e tamanho do Estado
Todas as regiões do Estado estão organizadas em torno de entidades regionais. Por outro lado, a cada campanha eleitoral são prometidas reformas estruturais necessárias e são discutidos o tamanho do Estado, a carga tributária e o nível de sua interveniência na economia. Entende possível administrar o Estado interagindo com as entidades regionais? Qual o seu entendimento de questões como modernização da administração pública estadual, melhoria do serviço público, reformas estruturais (previdência, magistério, etc.), diminuição do gasto público, equilíbrio fiscal, combate à sonegação e pirataria e recuperação da infraestrutura do Estado?
6 - Desenvolvimento regional e estadual
Além do controle orçamentário e sobriedade na gestão pública, é preciso ter projetos de desenvolvimento. Por isso, pedimos que Vossa Excelência discorra sobre os seguintes tópicos: acessos asfálticos, duplicação da RS-130 e RST-453, modernização do Aeródromo Regional de Estrela e apoio à otimização do uso do intermodal rodo-hidroferroviário de Estrela. Quanto ao turismo, no seu plano de governo, está inserido o Vale do Taquari quanto às oportunidades da Copa de 2014? Há mecanismos de descentralização do fluxo de turistas do atual eixo Serra? Destaque ainda suas considerações quanto à promoção da sustentabilidade da pequena propriedade rural, desenvolvimento empresarial endógeno, política tributária que dê competitividade às empresas gaúchas e localização de empreendimentos industriais captados pelo Estado no Vale do Taquari.
Tarso Genro
“O nosso ponto de partida é fortalecer a matriz
produtiva do Rio Grande do Sul”
1 - Saneamento básico e meio ambiente
Nós pretendemos implementar uma política de saneamento cuja síntese será o Programa Água para Todos.
Pretendemos garantir a universalização do abastecimento, e o atendimento daquela parcela da população que é atingida por estiagens. Esse programa tem que estar fundamentado não somente numa recuperação da Corsan, com o seu fortalecimento como empresa pública estatal, mas também num plano que viabilize a organização de consórcios em determinadas circunstâncias. Hoje, nós temos uma lei de consórcios públicos em vigor e, em determinados casos, eles poderão ser um instrumento de articulação em torno de algumas bacias hídricas que aqui no Rio Grande do Sul podem ser exploradas de maneira consorciada. No que se refere à questão do saneamento temos condições, através do PAC 1 e PAC 2, de organizar um conjunto de projetos para captação de recursos junto ao governo federal para investimentos no nosso Estado. Hoje temos um problema grave, que é a crise da Corsan, que, por problemas de gestão e de dívidas históricas trabalhistas e de gerenciamento também técnico-institucional, se encontra numa situação extremamente difícil. Vários municípios estão inclusive tentando negociar sua saída. Nosso entendimento é de que a Corsan deve ser fortalecida. No que se refere à coleta e tratamento de esgoto, temos que trabalhar com a perspectiva de parcerias a partir da Corsan, o que não significa o Estado perder o controle nem submeter esse serviço a uma lógica exclusivamente do lucro. Entendemos que é possível, sim, realizar boas parcerias, captar recursos privados para a coleta e tratamento de esgoto, e a Corsan pode ser um instrumento importante para essa equação.
2 - Segurança pública
A recuperação dos efetivos e dos instrumentos necessários à manutenção da ordem, de uma boa segurança pública, é apenas preliminar. Está comprovado, nos países mais desenvolvidos e nos estados que desenvolveram políticas de segurança análogas a essa, que o problema de efetivo, de armamento e de veículos não resolve a segurança pública. É indispensável para um bom projeto de segurança pública, mas não o resolve. É bom registrar que temos uma lei federal que mudou o sistema de segurança pública em nosso país, e essa lei, embora tenha havido adesão do governo do Estado, não está sendo aplicada. Pelo contrário, nós temos um regime de colaboração com alguns municípios, para operações de videomonitoramento, para instituição de programas de busca de jovens para enquadrá-los em programas sociais e educacionais, que são parte do Pronasci, mas esse modelo não está sendo aplicado aqui. O principal instrumento desse modelo é o policiamento comunitário, de proximidade, que no Rio de Janeiro é chamado de Unidades Policiais de Pacificação. A diferença em relação ao paradigma atual é, em primeiro lugar, policiamento comunitário, instituição de estruturas de poder do Estado, com policiamento comunitário, que são sempre os mesmos que operam na região. O modelo de entrar na vila, bater, atirar e sair está vencido. Precisamos de programas articulados com as prefeituras e com os governos estaduais de busca dos jovens que estão em situação de risco para retirá-los do poder do crime, como ocorre no RJ, e colocá-los em projetos de formação.
Defendemos um regime de cooperação, através dos gabinetes integrados de segurança pública, onde participam a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Hoje existe um Plano Diretor do Sistema Prisional brasileiro, que oferece recursos para investimentos no Estado. O modelo de arma, veículo e colete não é aplicado em nenhum país sério. É apenas uma necessidade preliminar, básica, para que se tenha um novo modelo de segurança.
3 - Educação
Os interesses classistas não podem impedir políticas universais. Políticas públicas têm que tender para a universalidade, e os interesses classistas têm que ser compatibilizados com esse projeto. Não podem ser violentados, nem o Estado pode ficar refém desses interesses. Não é o caso só do magistério, é o caso de todas as categorias. Temos a visão de implementação progressiva do piso salarial para o magistério. Imediatamente, instituiremos uma comissão de negociação permanente com os servidores públicos para tratar sem pressão e através de um diálogo, em que a sociedade participe dessa implementação. Esse é um aspecto preliminar a ser considerado. Sem resolver a questão salarial dos professores, nós não teremos uma educação séria neste Estado. Outra questão é a rede de universidades comunitárias no Rio Grande do Sul. Elas são, em minha opinião, públicas, e não estatais, e não são privadas, porque as que estão no ProUni têm abertos os portões para os alunos de baixa e baixíssima renda. Nós temos uma rede federal que foi ampliada e a Uergs, que vamos reerguer.
São três estruturas maravilhosas. O Rio Grande do Sul pode ter a melhor educação do Brasil em função dessa rede, que compreende as comunitárias, as federais e a universidade estadual. Para isso, temos que fazer um pacto político para priorizar a educação; um pacto com os servidores, e nos reportar de maneira permanente aos programas do governo federal. Aqui no Rio Grande do Sul temos também as escolas técnicas estaduais. A saída é criar um pacto, um acordo horizontal, de todas essas instituições, e subir para a qualificação tecnológica e pesquisa, e baixar para o Ensino Médio e Fundamental. É correto investir em estradas, em polos, mas temos que pensar também, e preliminarmente, em investir nas pessoas, tendo a educação como elemento central.
4 - Saúde
Temos que regionalizar o atendimento das urgências e das emergências. Nós temos que transitar para os 12%. Atualmente, o Estado tem um déficit de R$ 2 bilhões de recursos que não passou para a saúde, por não cumprir o preceito constitucional, e isso gerou a situação que estamos vivendo. Temos que colocar à disposição, de maneira adequada, novíssimas tecnologias, uma rede informatizada para fazer a informatização dos sistemas, facilitar o atendimento e verificar a qualidade dos serviços que são prestados pelos médicos. Na Espanha, todo cidadão tem um cartão de saúde que, quando entra no sistema, registra quem o atendeu, quanto tempo durou a consulta, qual foi a providência tomada e qual o próximo destino desse usuário. Significa ter uma estrutura informatizada. Sabemos que pode ter algum tipo de resistência, mas vamos implementar um sistema dessa natureza, que vai beneficiar o usuário. De maneira simples, a maneira como vamos trabalhar tem que ter gestão, tem que ter iniciativa, gestão política no Estado e no país. Primeiro: os Postos de Saúde da Família têm que ter investimento, essa capilaridade que está na origem do próprio SUS. Segundo, temos que estabelecer como governo a adesão plena ao Pacto da Saúde para captar recursos da União para investimentos na saúde. E terceiro, para resolver essas questões de urgências e emergências, instalar nas regiões as Unidades de Pronto Atendimento. E, obviamente, pontos de excelência para questões de alta complexidade. E reforçar ainda mais a autoridade dos Conselhos Municipais de Saúde.
5- Gestão e tamanho do Estado
Em relação ao equilíbrio fiscal, é necessário seu cumprimento, inclusive para captar recursos internacionais. Todos devemos esse compromisso. A carga tributária atingiu seu limite. Não há como aumentar. Podemos até discutir algum tipo de movimentação interna para desonerar setores que, dessa forma, podem dar maior arrecadação. Tem que ter novas regras. Há um equívoco quando se discute essa questão, que é atribuir às pensões e aposentadorias o motivo da ruína do Estado atual. Isso não é correto. Ocorre que o Estado não foi refinanciado ao longo de sua história e, como consequência, foi crescentemente endividado e caiu sob o controle dos bancos, através da dívida pública. A grande questão que hoje compromete o “estado de bem-estar” e o cumprimento de obrigações constitucionais por parte do Rio Grande do Sul envolve uma ausência de refinanciamento do ”estado de bem-estar” e o aumento da dívida pública. Mas 95% das aposentadorias são miseráveis ou são razoáveis ou respeitáveis. Temos que fazer um acordo, não tem saída. É um acordo de negociarmos rapidamente, dentro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, regras para uma transição para outro modelo para aplicar a regra constitucional. Aí os altos salários terão que fazer sua poupança para, depois, financiar sua aposentadoria. Esse é um corretivo fundamental que tem que ser feito para tirar esse peso das altas aposentadorias do Estado.
6 - Desenvolvimento regional e estadual
Como o Estado vai financiar o desenvolvimento é a questão-chave que abriga todas as demais. Nossa posição defende um Estado forte, o que não quer dizer um Estado invasivo nem que queira ocupar o espaço que é, naturalmente, da iniciativa privada. Quer dizer um Estado capaz de induzir o desenvolvimento, combater desequilíbrios e promover o desenvolvimento em rede. A concepção antiga de desenvolvimento se dá a partir da visão de polo, que quer dizer centro e também periferia. Nossa visão é da rede, um conjunto de cumplicidades que se dá de maneira horizontal, na educação, tecnologia, nas questões referentes ao aporte de infraestrutura para fazer com que as cadeias produtivas interajam entre si e potencializem a base produtiva que já está instalada, que, no Rio Grande do Sul, é riquíssima. O desenvolvimento daqui pra diante não vai levar o Estado a ser somente um produtor de commodities. O nosso ponto de partida é fortalecer a matriz produtiva.
Não significa exclusão de grandes empresas, mas criar condições de atraí-las de maneira adequada. O crescimento do país vai a 7%, originário de uma política nacional, que fez com que não entrasse na crise. Vamos ter um crescimento econômico e temos que preparar o Estado para que se transforme em crescimento de receita e em investimento. Podemos buscar recursos nas agências internacionais. Basta fazermos um Orçamento sério, previsão do pagamento de nossas contas e refinanciarmos parte de nossas dívidas. Então poderemos obter recursos internacionais. Vamos fazer uma simplificação e redução da carga tributária em determinadas atividades, retornar ao Simples gaúcho, que não está atingindo setores importantes das micro e pequenas empresas. Vamos trabalhar com alíquotas, mas com um fundo semelhante ao Fundopem ou com o próprio, e instituir um seguro cambial para médias e pequenas empresas exportadoras que não podem se proteger das crises.
“Nossa posição política defende um Estado forte, o que não quer dizer um Estado invasivo nem que queira ocupar o espaço que é, naturalmente, da iniciativa privada”
Yeda Crusius
“O caminho está construído. Precisa gestão fiscal
e coragem política”
1 - Saneamento básico e meio ambiente
Precisamos saber aonde se quer chegar. Fala-se que custa caro, mas isso acontece quando não se não sabe como e onde empreender o dinheiro. Vários planos estavam na figura da promessa, e aqui estou, com meu candidato a vice, Berfran Rosado, um especialista em meio ambiente. E estou não apenas para afirmar o que foi feito, mas para confirmar a direção que se quer dar. Havia um problema de relacionamento entre organizações do meio ambiente e o desejo das nossas comunidades de receber o fruto dos impostos que pagam. Fizemos um planejamento agregado em que não pode se separar a questão da saúde do saneamento, a qualidade de vida do meio ambiente, e não se pode prejudicar o futuro, a sustentabilidade do nosso Estado. O que fizemos foi planejar. E planejar custa barato. Investimos R$ 1 milhão em um projeto contratado para o Taquari-Antas. Fizemos planos municipais e regionais de saneamento, como esse do Vale do Taquari. Mas sabemos que, se planejar pode ser barato, implantar é caro. Então, durante todo o governo, fizemos tudo por meio de parceria. E a aplicação desse projeto depende de parceria público-privada. Foi nossa linha de conduta desde o início a parceria com os municípios. Tivemos o PAC do saneamento no Rio Grande do Sul, o primeiro Estado a contratar com o governo federal. Mas só foi possível porque construímos a capacidade de investimento, em razão da necessidade de contrapartida. Antes não havia dinheiro para isso. Também conseguimos implantar uma Central de Projetos. Pudemos transferir patrimônio do Estado, por projeto de lei, e, dessa forma, todas as áreas passaram a ser planejadas juntas. Face ao novo momento climático, também criamos elementos de prevenção, rede de monitoramento de controle de cheias e a primeira agência de bacia para essa região hidrográfica do Guaíba. Criamos o fundo de emergência e, melhor, temos a confiança de entidades internacionais que estão dando recursos para fazer meio ambiente, propriedade por propriedade, em projeto com o Banco Mundial, aprovado a fundo perdido, de U$ 5 milhões. Estamos fazendo também com os governos da Holanda e da Espanha um planejamento com uma diferença: o que estamos comprometendo nós temos dinheiro para pagar. É preciso planejar em conjunto com os municípios e fazer parceria com o governo federal, em um mundo real.
2 - Segurança pública
Tenho alegria em falar dessa área. Alegria de um trabalho iniciado. Tudo que se refere à saúde, educação e segurança é pouco, e está atrasado. Estamos recuperando o efetivo, melhoria hoje visível no RS. No campo da Defesa Civil, fizemos oito regionais amparadas, com equipamentos e efetivo. E na hora certa. Na Brigada Militar, 3.550 brigadianos passaram por treinamento e hoje têm seu uniforme, amparo familiar e orgulho da farda que vestem. E ainda é pouco. Mas primeiro compramos os equipamentos. Aos poucos, nos bombeiros, Polícia Civil, IGP e Susepe, fomos repondo para fazer um trabalho na área mais difícil. Quanto ao presídio, é muito difícil construir. Já reformamos 30 e estamos erguendo seis. Há uma explosão de pessoas presas hoje porque se cumpre a lei. E o Executivo deve fazer com que todos se responsabilizem e ressocializem essas pessoas. Estamos construindo um complexo prisional em Canoas, numa parceria público-privada, com todos os elementos: oficina de trabalho, atendimento médico, creche para mulheres apenadas, e que está sendo erguido em um modelo que recebemos, que diria como medieval. Tudo que fizemos, desde o primeiro dia de serviço, foi regionalizar os serviços, tudo em parceria com os municípios. Aumentamos o salário para todos os servidores públicos. Construímos carreiras, e a Polícia Civil é uma das partes que ainda precisam ser trabalhadas nacionalmente. Avançamos muito porque colocamos a roda a andar para frente. Criamos um programa de prevenção da violência, e vários municípios do Vale se somaram a essa causa. O caminho está construído, o rumo se conhece. Agora, fazer mais depende de continuarmos a fazer gestão fiscal e coragem política para fazer o que os outros não fizeram antes.
3 - Educação
A organização classista exige, portanto, ajuda. Nós seguimos e assinamos as metas de Todos pela Educação e todos os demais pactos pela educação. Fizemos um censo educacional porque o Estado não sabia quantos estudantes tinha. Garantimos o transporte escolar e tomamos a alfabetização dos 6 aos 8 anos como meta para melhorar a perspectiva de vida, para mudar essa geração. Fizemos o Programa Professor Nota Dez para valorizar o agente principal. E, de forma regional, fizemos o Boa Escola para Todos. Temos escola profissional que precisa responder melhor à qualificação de que indústria, comércio e serviço estão precisando, e com a rapidez regional em que é pedida. Em 2007, melhoramos os indicadores nacionais e criamos o Saers. Buscamos autonomia das escolas e de salários, mas fomos impedidos de elevar nosso piso além do nacional porque não houve acordo. Falta muito, falta demais. A Univates é exemplo positivo, em vista da avaliação destacada de seus cursos. Creio que estamos no caminho certo. O volume de recursos em educação foi aumentado a partir do aumento de 40% na receita de ICMS, baixando alíquotas todos os dias. E remetemos aos municípios muito mais recursos do que era repassado antes. Educação é educarmos com segurança, e deve ser a partir do professor, que deve ser o ponto central. Precisamos de uma segunda reforma, agora para dar mais aos educadores.
4 - Saúde
O foco é sempre saúde. Vida é saúde. Fomos pagando todas as dívidas, que eram altíssimas e que atrapalhavam o andamento do trabalho. Priorizamos as gestantes e a primeira infância para chegar ao índice de mortalidade infantil menor de dez. Regionalizar é o caminho. Nosso estruturante é Saúde Perto de Você. Também contratualizamos com 364 hospitais, que é dizer que tipo de prevenção se quer fazer. Os hospitais vieram me colocar que 2008, o ano do déficit zero, foi o ano dos hospitais. Que eles pararam de viver na crise permanente em que viviam. Ainda falta muito, mas conseguimos sair do último lugar para primeiro em cobertura do Samu/Salvar. Para manter as ambulâncias, o Estado gasta mais de R$ 10 milhões por ano. As epidemias aqui não entraram porque o SUS aqui funciona. Quanto à redução de leitos, é uma tendência mundial. Seja por causa do trabalho de prevenção ou em razão da colocação de leitos específicos, como para tratamento da drogadição. Nunca se investiu tanto em saúde, numa relação eficiente, prática e que gera resultados. Isso porque não existe uma submissão. É uma parceria.
5 - Gestão e tamanho do Estado
Participei do governo de Alceu Collares e, em 1991, incentivamos e criamos os Coredes. Hoje, no nosso governo, “empodeiramos” os conselhos regionais. Isso porque é a comunidade que decidiu aonde quer chegar. Temos um Orçamento regionalizado como não há em nenhum outro estado do país. No Transparência, mostramos as receitas e gastos. Ganhamos dois prêmios nesta semana por essas iniciativas. Os Coredes se fortaleceram porque demos amparo, estrutura e raiz à Consulta Popular. Honramos a consulta, que vem de um planejamento, que vem de um Corede. Temos diminuído a alíquota de impostos dia após dia, o que vem provocando um aumento no número de carteiras de trabalho assinadas. É o Estado que, desde outubro, mais carteira assinada formal tem em número, não em proporção. O Estado vai bem, o governo vai bem, as empresas vão bem. Existe confiança. Gestão a gente aplicou. Hoje tivemos mais dois reconhecimentos, um deles foi em razão do Projeto Ajuste Fiscal com Crescimento Econômico, firmado com o Banco Mundial. Está disponível a última parcela do U$ 1,1 bilhão para reestruturar nossa dívida. Coletivamente, o RS resolveu dizer sim a si próprio, resolveu dizer a verdade, pisar no mundo real e não no mundo das promessas e críticas vãs. É o começo de um sonho novo, que a gente quer ajudar vocês a sonhar conosco.
6 - Desenvolvimento regional e estadual
A Copa 2014 é uma oportunidade. O investimento no Cais Mauá vai mudar o Rio Grande. E por que não fazer o mesmo aqui (Vale do Taquari)? Sei que esse sonho já foi iniciado nos anos 1970, com Ernesto Geisel, que queria criar aqui um centro logístico. Temos várias formas de conseguir isso, como por meio da parceria público-privada. Já estará concluída a RS-471 como eixo norteador, evitando passar por Porto Alegre. Estamos propondo, como Coligação Confirma Rio Grande, a construção de um rodoanel. A Copa é uma oportunidade de infraestrutura e até de saúde e educação. Acabamos de iniciar o primeiro curso de inglês em convênio por meio da FGTAS. O crescimento será natural, principalmente em uma região como esta, que tem universidade, escola técnica, indústria forte, gosto pelo trabalho, disciplina, que não tem medo do futuro nem de receber ninguém do mundo. O Vale do Taquari é uma região que se desenvolve. O Rio Grande do Sul só vai porque há um cuidado regional, com indicadores dizendo onde precisa ter a mão articuladora do governo. E é lá que precisa ter o foco e o investimento. Sustentabilidade é buscar indicadores que nos deem, gradativamente, mais longevidade, menor mortalidade infantil, melhor qualidade de vida, com bons empregos, sem precisar que a pessoa vá buscar em outro lugar que não a terra que ela escolheu. Queremos que as regiões nos digam para onde querem, porque o papel da governadora é ajudar as pessoas a se desenvolver no seu melhor. Estamos entregando, em 2010, o sonho que sonhamos juntos em 2006. Estamos felizes por praticar uma política que se baseia em fraternidade, que busca a igualdade e que preza a liberdade.
“Temos diminuído a alíquota de
impostos, o que fez aumentar o número de carteiras de
trabalho assinadas”
“Remetemos aos ¬municípios muito mais recursos do que era repassado antes”
Fogaça
“O Vale do Taquari precisa de um projeto próprio”
1 - Saneamento básico e meio ambiente
Essa é uma questão dramática no Rio Grande do Sul. Temos índices razoáveis, como o de desenvolvimento humano, mas não é o caso do saneamento básico. Embora tenhamos o serviço de distribuição de água bastante razoável nas zonas urbanas, o tratamento de esgoto deixa muito a desejar. Talvez sejamos um dos piores estados do país nesse quesito. No Rio Grande do Sul, o sistema de saneamento básico, por meio da Corsan, depende de financiamento, e isso deve ser feito por região, a partir de uma definição orçamentária para quatro anos. Temos uma proporção menor do que 20% para saneamento básico em nosso Estado e, por isso, precisaremos de investimentos ao longo de pelo menos uma década. Quando assumi Porto Alegre, a cidade tinha um nível de tratamento de esgoto de 17%. Qualquer cidadão que colocar o pé no Guaíba fica doente na hora. É verdade que investimentos nessa área não aparecem. O custo é alto, mas de baixíssima repercussão político-eleitoral, mas nós queremos mudar essa realidade em Porto Alegre. Tomamos um empréstimo na Caixa Econômica Federal e no Banco Interamericano do Desenvolvimento da ordem de R$ 530 milhões. Em cinco anos, a contar de 2007, Porto Alegre terá tratamento de esgoto em volume de 80%, superando em quatro vezes a realidade encontrada. A Corsan precisa equacionar a problemática de cada região porque o saneamento básico se trata de um investimento prioritário. O Vale do Taquari precisa de um projeto próprio. Propomos um orçamento regionalizado para ser desenvolvido ao longo de quatro anos.
2 - Segurança pública
Pretendemos implantar um projeto focado em três eixos. Primeiro precisamos recompor o serviço público, que nas últimas três décadas foi sucateado. O segundo foco é o desenvolvimento regional. O Rio Grande do Sul irá crescer a partir dos seus eixos locais, microrregionais e regionais. Vamos criar um Comitê Gestor Regional, composto de todas as secretarias, que irá se reunir com as forças ativas de cada região para definir uma agenda aos próximos quatro anos. Na questão da segurança, reconheço que sofreu uma enorme redução de contingente. A Polícia Civil trabalha com 50% das suas necessidades. A Brigada Militar tem uma defasagem de 30%. A cada ano, 1,3 mil brigadianos deixam a corporação, seja por aposentadoria ou evasão. Mas os problemas da segurança pública no Estado têm origem basicamente no seu sistema prisional. Temos um déficit de vagas, que tem sido a causa do aumento da violência. Sei das condições do Presídio Estadual de Lajeado, mas hoje temos penitenciária no Estado que é para 1,2 mil presos, mas abriga 5,4 mil apenados.
3 - Educação
Nessa estratégia de descentralizar e respeitar as características de cada região, estão previstos quatro pontos. Melhoria nos serviços públicos, acoplamento de tecnologia, qualificação de mão de obra e infraestrutura, como a questão dos acessos asfálticos. O Rio Grande do Sul já foi líder em matéria de qualidade em educação. Nós conseguimos, no decorrer da década de 1990, universalizar o Ensino Fundamental. Hoje não há mais problemas de vagas no Ensino Fundamental. Mas fomos perdendo em qualidade e deixamos de ser o Estado número 1 em educação. Queremos estabelecer metas, região por região, para voltarmos a obter índices que nos coloquem como número 1 em educação. A segunda tarefa de honra em educação - a primeira foi cumprida na década de 1990 - é oferecer mais vagas no Ensino Médio. Precisamos garantir que a escolaridade média, que hoje é de seis anos, possa chegar a 11 anos. Só assim poderemos ser uma sociedade moderna e competitiva.
4 - Saúde
Saúde não é só responsabilidade dos mu¬nicípios. O município é executor das políticas públicas. Como prefeito, sempre procurei demonstrar isso com muita clareza. Agora que pretendo administrar o Estado, não posso negar esse fato. O financiamento da saúde é tripartite, e a Constituição não diz a quem cabe mais ou menos. O prefeito é quem enfrenta primeiro o problema. A maioria dos municípios do Estado já gasta mais de 20% da sua receita de impostos em saúde, é o caso de Porto Alegre. A Constituição prevê 15%. Nessa área pretendemos focar três pontos. O primeiro deles é a redução da mortalidade infantil. Deve ser perseguida ano a ano como estratégia de desenvolvimento regional. Em segundo lugar precisamos ampliar a rede básica de atendimento. Se ampliarmos e capacitarmos as equipes de Saúde da Família, vamos reduzir enormemente a procura pelos hospitais. Em terceiro, precisamos fortalecer os hospitais regionais. Devemos ampliar a oferta de especialidades, seja em média ou alta complexidade, para evitar viagens de até 500 quilômetros a Porto Alegre. Nós conseguimos reduzir a procura hospitalar pelos moradores de Porto Alegre por causa da ampliação dos postos de saúde, mas vimos aumentar a busca do interior do Rio Grande do Sul.
5 - Gestão e tamanho do Estado
Em Porto Alegre elaboramos um modelo de gestão, por programas, voltado ao controle das despesas e da receita, de modo a poder gerar um superávit ano após anos. Foi o primeiro programa com o apoio do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP). Dois anos depois começou a ser implantado pelo governo do Estado. Reconheço que eles reproduziram o programa que já havíamos implantado em Porto Alegre, com pleno sucesso e com resultados reconhecidos. No primeiro dia que assumi, olhei para os meus funcionários e disse a eles: “O não desperdício é o novo nome da ética no nosso governo”. Vamos fazer isso não porque queremos ganhar prêmios do PGQP, mas porque cada centavo que economizarmos será colocado a serviço da população. Temos um programa chamado Lugar de Criança é na Família e na Escola, integrado por diversas secretarias. Esse programa tem um gerente que acompanha os índices e indicadores a cada 15 dias, e ele é um funcionário concursado. Por que isso? Porque ele precisa ser um detentor de memória. Quando sairmos do governo, alguém precisa transmitir isso. Precisa haver permanência. No total, são 22 programas com 22 gerentes. Creio que todas as metas nos primeiros quatro anos foram atingidas, obviamente passando por muitas dificuldades.
6 - Desenvolvimento regional e estadual
Vamos concluir todas as obras iniciadas, e aquelas que não foram iniciadas, iremos começar. Mas observo que a nossa cultura ainda é setorial, reivindicatória. Ainda achamos que a grande decisão vem lá do Palácio Piratini. Ainda se tem uma cultura do clientelismo político, de que cada região precisa pressionar a Assembleia Legislativa e o Palácio. Acredito que precisamos mudar um pouco essa cultura e entendermos que as conquistas de uma região dependem de uma agenda de desenvolvimento regional, desencadeada pelos Coredes, que têm de ser respeitados porque têm um histórico de reconhecimento das prioridades. É preciso que isso seja resgatado a partir da regionalização do orçamento. Infelizmente, o governo Rigotto não pôde fazer isso. Montou o Projeto Rumos 2015, mas, em função da quebra na safra nos anos de 2005 e 2006, não pôde tornar efetiva estsa experiência. Nós vamos torná-la efetiva. Essa região precisa ainda de serviços públicos eficientes na questão, por exemplo, da sanidade animal. Não vamos ter acesso a mercados se não cumprirmos níveis de excelência e qualidade. Há mais de 20 anos não se contrata pessoal nessta área. Vendeu-se R$ 1 bilhão em ações do Banrisul para os acessos asfálticos nos municípios. Precisamos investir esse recurso, mas há outro dinheiro que depende do futuro, que depende da sustentabilidade. Sem sustentabilidade não há como manter a qualidade do serviço público, garantindo competitividade e capacidade de desenvolvimento das regiões. Sustentabilidade financeira é um dever de casa que ainda não foi feito.
“Os problemas da segurança pública no Estado têm
origem basicamente no seu sistema prisional.”
“Vamos concluir todas
as obras iniciadas, e aquelas que não foram iniciadas,
iremos começar.”
Simone Wachholz
Carine Schwingel
Paulo Ricardo Schneider
Ermilo Drews
Andréia Rabaiolli
Hygino Vasconcellos (Twitter)
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